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Errou? Presidente do Goiás comenta sobre campanha do time, avalia planejamento para 2023 e assume: “Serviu de lição”

Paulo Rogério Pinheiro revelou altos gastos com a Sul-Americana e comemorou conquista da Copa Verde

Na segunda-feira (23), ao vivo na BandNews Goiânia, Paulo Rogério Pinheiro falou sobre a oposição nas próximas eleições e sobre as ações da Prefeitura de Goiânia. Além disso, de forma exclusiva para as Feras do Esporte, o presidente analisou o planejamento para temporada de 2023. Em desabafo sincero, avaliou a montagem do time e relembrou a campanha do Goiás na Copa do Brasil e Sul-Americana, além do título da Copa Verde.

O planejamento de 2023 do Goiás deu errado? Paulo Rogério Pinheiro responde

“ Sempre falei em minas entrevistas que o Goiás tinha que crescer de degrau em degrau. Não adianta tentar subir quatro degraus de uma vez, porque cai. Fizemos um ano de 2020 com apenas 14 ou 15 jogadores com condições de jogo, e conseguimos subir. Acertamos demais nas contratações. No ano passado, também tivemos a felicidade de acertar. Em contrapartida, não acertamos tanto nos treinadores. Isso mudou somente quando o Jair Ventura chegou e consertou nosso meio de campo depois daquelas contratações de julho.

A partir disso, as coisas deram certo. Depois de termos conseguido a vaga para a Sul-Americana, participaríamos de cinco competições em 2023. Nós já tínhamos visto o exemplo do nosso coirmão [Atlético-GO], que sucumbiu por querer jogar todos os campeonatos de igual para igual. Com isso, tínhamos a opção de contratar menos, com jogadores com salários mais altos, sendo mais assertivos.

A nossa verba dobrou de 2022 para 2023, como também vai dobrar em 2024 se continuarmos na Série A. Vamos chegar ao patamar de R$ 200 milhões por ano. Quando assumi o Goiás, em 2021, a verba era de R$ 46 milhões.

Por fim, neste ano, optamos por contratar mais jogadores, porque, se contratássemos poucos atletas e mais caros, correríamos o risco de perdê-los ao longo da temporada por lesão. E a resposta está aí, com a quantidade de lesões que nossos atletas tiveram, principalmente no início do ano. Além disso, não contávamos que o Vinícius não estaria inteiro, não contávamos que o Dieguinho não jogaria neste ano. Em dezembro, nas minhas férias, o Edminho Pinheiro tentou buscar o técnico português, que deixou claro que só conversaria com a gente após terminar a temporada em Portugal.

Com isso, optamos pelo Guto Ferreira. No entanto, na minha opinião, ele foi um erro. Perdemos muito tempo com a contratação dele, porque não conseguiu desenvolver o trabalho dele aqui. Dessa forma, ficamos com o Emerson Ávila até terminar a temporada em Portugal. A gente planejou, mas, infelizmente, pecamos em algumas contratações, mas sempre buscando acertar.”

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Presidente esmeraldino analisa a campanha do clube na temporada

“ Talvez o planejamento tenha sido errado [para 2023]. No entanto, não contávamos com a saída da Copa do Brasil na 2ª fase. Jamais. Um desastre. Com isso, optamos por jogar de igual para igual na Sul-Americana. Tínhamos que ganhar a Copa Verde e ganhamos, porque já eliminamos as duas primeiras fases da Copa do Brasil.

Assim, são duas viagens muito cansativas a menos na próximo temporada. Em resumo, a Sul-Americana só compensa financeiramente para quem é campeão e vice-campeão. Gastamos R$ 11 milhões, enquanto ganhamos R$ 8,5 milhões. Por exemplo, a viagem para Bogotá custou R$ 2 milhões ao Goiás. É muita dificuldade no planejamento. Não vamos acertar sempre. Serviu de lição para quem estiver no Goiás nos próximos anos.

Contratar demais não é a solução. Pelo contrário, até atrapalha o grupo. Entretanto, fizemos um limpa em julho. Então, talvez teria sido melhor contratar um pouco menos, mas aí depende de quantas competições o time participa. Por fim, nós planejamos tudo certo, mas erramos nos detalhes, com jogadores que não deram certo, com treinador que não conseguiu fazer o que pensávamos que faria, por exemplo.”