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Com exclusividade, Neto Pessoa fala pela primeira vez sobre agressão em campo e trajetória no futebol: ‘pedi para sair do Vila Nova’
Jogador falou sobre carreira e campanha do clube em busca do acesso
Nesta quarta-feira (12), o repórter Paulo Massad, das Feras do Esporte, conversou com exclusividade com o centroavante Neto Pessoa, do Vila Nova. O jogador falou sobre a carreira e, pela primeira vez, comentou a agressão que sofreu em campo após perder um pênalti nas quartas de final do Campeonato Goiano, contra o Anápolis.
Trajetória de Neto Pessoa
Natural do Acre, o camisa 9 do Tigre se profissionalizou em Rio Branco e comentou dificuldades do início da carreira. Falta de estrutura, locomoção para treinos e a questão financeira do jogador principiante fizeram com que Neto jogasse sem receber salário “brigando por um acesso à Série D“. Isso tudo, segundo ele, forjaram o jogador na trajetória do Plácido de Castro até o Vila.
“Sair de um lugar sem tanta expressão e hoje estar em um cenário nacional tão grande é motivo de muito orgulho”.
Em resumo, pelo clube do interior do Acre, o jogador ganhou o primeiro título estadual e disputou a Série D. Em seguida, defendeu o Rio Branco e o Nacional de Muriaé, conciliando com a faculdade de Educação Física. Partindo para o Atlético Acreano, Neto conquistou o acesso para a Série C e seguiu para o ABC, Náutico, Ypiranga RS e Botafogo SP. Pela Série B, atuou no Remo e seguiu para a Malásia até voltar ao futebol brasileiro pelo Vila Nova.
Campanha do Vila Nova na temporada e agressão em campo
Apesar do bom pontapé inicial, o clube viveu má fase com a sequência de eliminações do início da temporada. “Se você não tem um elenco fechado, é muito difícil”, apontou o centroavante. No Campeonato Goiano, o Vila Nova foi desclassificado pelo Anápolis em casa.
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Em resumo, na partida o Colorado sofreu um pênalti no último lance e teve a chance de empatar o placar de 1 x 0, levando o jogo para as penalidades máximas. Assim, Neto Pessoa cobrou, acabou perdendo o pênalti e sendo agredido por um torcedor que invadiu o campo. Pela primeira vez, o atacante comentou o episódio:
– Foi um dos lances mais lamentáveis da minha carreira. Ter perdido o pênalti não me dói tanto, mas sim tudo que aconteceu depois: a invasão e a agressão. Foi marcante não por como eu reagiria, mas como minha esposa e filho, que é muito novo, reagiriam. Eu desejei sair do Vila, cheguei a pedir para sair do Vila Nova. Concluiu.
Neto Pessoa destacou importância daquele pênalti para o clube, com a chance de garantir vaga na Copa do Brasil. O jogador chegou a conversar com a diretoria para abrir mão do contrato com o clube e, apesar do lance perdido, a diretoria manteve apoio ao atleta. “[O presidente] disse que confiava no meu trabalho e se tivesse outro pênalti era pra eu pegar e bater de novo”.
– As coisas já se resolveram e são mágoas passadas [a agressão], agora é dar continuidade. Infelizmente todo jogador está sujeito a isso hoje; a nossa torcida é para que isso acabe e que venham para o estádio para torcer e apoiar seu time. Finalizou Neto Pessoa a Paulo Massad.
Confira aqui a entrevista completa!
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