Por: Ana Lívia Luis Dias Colunista

Crônica: Não existe sorte no futebol

Goiás na Série A!

Publicado em: 23/11/2021 14:54

Ontem após o acesso do Goiás conquistado na vitória contra o Guarani, encontrei uma publicação no twitter que dizia: “O Goiás chegou duas vezes, fez dois gols, time de sorte”. Sou completamente contrária ao lema do sorte no futebol!

Saber ser cirúrgico em uma partida, não significa sorte. Ter uma defesa bem posicionada, não significa sorte. Podemos ir além das quatro linhas.

Tadeu com toda certeza foi uma das Feras da partida, ter o trabalho de mantê-lo após rebaixamento em 2020, não foi sorte.

Ainda fora das quatro linhas, quando o Presidente Paulo Rogério Pinheiro afirmou logo após o Goiás quase ser rebaixado no Campeonato Goiano por questão de um gol que subiria para a Série A, achei no mínimo, curioso.

 A justificativa foi economizar no Goiano e colocar todas as fichas no Brasileiro, é uma estratégia perigosa? Sim! Porém deu certo.

O clube montou um time para a Série B, com jogadores que possuem características que tradicionalmente se sobressaem na competição. Investimento no artilheiro do Campeonato Carioca e Paulista. Contratação do meia destaque da Série B 2020.

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Faz um garimpo e contrata jogadores emergentes, ainda não se destacaram, mas possuem talento para isso. Hugo, Rezende, Dadá e Reynaldo são alguns. Dizem que essa é a fórmula de sucesso da Série B.

Goiás surpreendeu com a forma de aplicar o famoso bicho, quando foi preciso, soube ter o timing para conversar com os jogadores e fazer o acréscimo para motivação.

Além das falas sobre sorte, temos os constantes “se”, o futebol também não é feito de SE. Eu também li, “O Goiás deu sorte com os gols de Alef Manga, SE tirar, não subiria”.

Alef Manga principalmente no começo do campeonato ficou marcado por chutes de longa distância, neste caso, transformamos uma qualidade técnica em sorte? Partimos do princípio que 10 gols na Série B partira da simples sorte?

Mais uma vez, eu não concordo. Goiás foi ousado, montou a estratégia certa, obviamente inúmeros fatores poderiam ter dado errado. Estamos falando de um clube de futebol, montado por 30 atletas, comissão técnica e diretoria, não são robôs e são passíveis de erros. Nem tudo na temporada foi perfeito, mas o que importa no final, é que aquela promessa foi cumprida.

Que a ousadia e planejamento montado sirva de exemplo no futebol goiano. Como muitos afirmam, o futebol não é uma ciência exata e parece até místico. Mas com o plano do que se quer fazer e a mentalidade de crescer, o futebol goiano pode ir muito mais além.



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