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Adson Batista abre o jogo sobre criação de liga, critica divisão financeira e reprova: “eles não querem diálogo, querem impor”

Veja opinião do presidente quanto ao grupo da liga!

Por: Danyela Freitas 05/05/2022 14:46

Antes de mais nada, nesta quinta-feira (5), Adson Batista falou com exclusividade com a equipe das Feras do Esporte. Assim, o presidente do Atlético-GO comentou sobre a reunião para a criação da Libra, a liga de futebol brasileiro. Confira!

“Começaram com muitas discussões e muitas situações positivas, porém, neste momento, eu vejo que alguns interesses particulares têm sido pensados de forma diferente em alguns clubes grandes, cuja postura que mudou um pouco. A partir disso, a gente espera que possam convergir e que entendam que o mais importante é o produto do futebol brasileiro, campeonatos em bom nível e a capacidade de investimento das equipe. Em resumo, é evidente que ninguém aqui quer que o Atlético-GO ganhe mais do que o Corinthians, o Palmeiras e o Flamengo. Nós sabemos da realidade de cada um. Contudo, a liga precisa ser na metodologia, na forma como as grandes ligas funcionam no mundo.”

Disparidade econômica entre os clubes

“Na última reunião, sentimos que os clubes não pensam como as grande ligas do mundo. Precisa ser, no mínimo 50% de maneira igualitária. Dessa forma, o restante deve ser dividido a partir do engajamento, do ranking, do tamanho de cada clube, da classificação etc. Portanto, ainda estamos discutindo. Temos um grupo dos clubes cujo pensamento é diferente. No entanto, as equipes paulistas juntamente com o Flamengo, nessa reunião, posicionaram-se de maneira muito individual. Assim, eles pareciam pensar somente nos objetivos. Não entendem que o futebol precisa ter um produto de qualidade, que você tenha capacidade de investimento para ter uma base, para ter o clube, em todos os sentidos, funcionando bem.

[…] Em suma, hoje, o Flamengo ganha 10 vezes, 20 vezes mais que o Atlético-GO. Isso não é justo, porque disputamos o campeonato. Claro que o Flamengo tem outras formas de conseguir recursos. É uma marca muito forte, assim como outros clubes grandes do Brasil. Quanto à liga, estou sentindo que vão querer colocar pessoas velhas no futebol. Desse pessoal, são pessoas que são mais do mesmo. Sendo assim, eu e mais alguns outros clubes defendemos que tenha uma consultoria séria, para que faça uma gestão profissional, que a lei passa valer para todos e, assim, que não tenha interferência de clube nenhum.”

Adson Batista ressalta necessidade de ter um ‘produto de qualidade’

“Mesmo que a liga ofereça mais ganhos [em relação à CBF], não podemos trazer os vícios que tem no futebol brasileiro. A gente precisa avançar. Dessa forma, precisamos pegar o que está dando certo no mundo. Em resumo, o futebol brasileiro é muito respeitado no mundo, mas sua organização e sua condução não têm nenhum respeito lá fora. Logo, se queremos ter direitos internacionais, se queremos ter uma das maiores do mundo, precisamos ter ter um produto de qualidade. Sendo assim, não podemos trazer vícios. No entanto, tem que ter profissionais com perfil totalmente diferente e precisamos ter princípios que são inegociáveis.”

Questão financeira é motivo de preocupação, revela Adson Batista

“O que eu senti na reunião é que algumas pessoas não querem diálogo. Eles querem impor. Assim, a minha preocupação maior é que possam ter, desses 14 clubes, alguns que mudem de ideia. Sinceramente, tenho algumas divergências de opinião com o Petraglia [presidente do Athletico-PR], mas ele é hoje a pessoa mais justa e que tem história no futebol. Em suma, ele construiu um clube que é invejado no Brasil, com estádio, com estrutura e muito bem gerido. Assim, o Petraglia tem opiniões duras, mas ele defende o princípio da igualdade.

O que mais me preocupa é ter mais do mesmo, algumas pessoas cheias de vícios querendo participar dessa liga, querendo dirigir. Além disso, vem a questão de questão financeira, que é um outro fator muito preocupante, mas já melhorou um pouco. Quando nós disputamos a primeira Série A, éramos um clube de Série A com um orçamento da Série B. Em seguida, foi melhorando. Hoje a gente já tem uma condição melhor. Sobretudo, hoje eu sei fazer um trabalho com pouco.”

Documentação

“Tem uns documentos que, se você assinar, você estará liquidado. Tem muita pegadinha. Eu não vou assinar, porque eu não sou vendável. O que me preocupa é que alguns clubes podem melhorar alguns ganhos e facilitar. […] Eles nem citam os times da Série B. Eles não respeitam. Quem respeita a Série B, sou eu, que sei da dificuldade que é conseguir ir para a Série A.”

Presidente cita participação do Goiás

“O Goiás tem se posicionado também no grupo, através do Paulo Rogério e do Ediminho, que também têm esse pensamento. Se nós não tivermos unidade agora, você pode ter certeza de que nós pagaremos o preço no futuro.”

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Próximo encontro

A saber, no dia 12, ocorrerá uma nova reunião, agora, na sede da CBF, no Rio de Janeiro. Assim, participarão 40 clubes, das Séries A e B.

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