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No meio da guerra! Jogando no Sudão, Matheuzinho, ex-Vila Nova, fala de tensão no país e expectativa de voltar ao Brasil: “Todo dia tememos pela vida”

Nove brasileiros esperam por retorno do consulado

Por: Lara Fabian 17/04/2023 17:42

Com passagem pelo Atlético-GO e pelo Vila Nova, o atacante de 30 anos deixou o futebol brasileiro no início da temporada para atuar no Al-Merreikh, clube do Sudão. Contudo, o jogador se encontra em meio a uma guerra civil no país e teme pela vida, sem posição das autoridades brasileiras.

Segundo a repórter Ana Lívia Dias, das Feras do Esporte, além de enfrentar o desafio da comunicação em outra língua, Matheuzinho teme pela vida no cenário em que se encontra o país – com o palácio presidencial tomado, são mais de 100 mortos e 300 feridos em números oficiais.

Em conversa com a jornalista, Matheuzinho relatou como “tudo aconteceu de repente”:

– Saímos da Arábia Saudita e voltamos para o Sudão. Íamos jogar a partida do Campeonato Sudanês e acordamos com bombas, tiros e tudo o que imaginar. É difícil saber o que está acontecendo; a comunicação, pela língua deles, é muito difícil. Somos nove brasileiros: os quatro jogadores estão juntos em um apartamento e a comissão, em outro. Mercado está fechado, a cidade sem luz, funcionando pelo gerador do prédio, comida acabando. A situação é bastante complicada. Disse Matheuzinho.

Tensão e guerra civil no Sudão

A saber, após semanas de tensão entre as forças paramilitares e o exército sudanês, o país passou a enfrentar uma guerra civil pela disputa de poder. Os generais Abdel-Fattah Burhan e Mohammed Hamdan Dagalo lideram o Sudão desde a tomada de poder militar em outubro de 2021. Na época, o ditador Omar al-Bashid foi derrubado.

Aliados na tomada de governo, o exército de al-Burhan, líder do golpe, e o chefe paramilitar, Mohamed Dagalo, entraram agora em confronto pelo controle presidencial. Assim, já com histórico de instabilidade e guerra civil no Sudão, o conflito fez com que cidades sudanesas acordassem com explosões e disparos, como relatado.

Dessa forma, sem previsão de cessar-fogo, os brasileiros buscaram o consulado. De acordo com o jogador, a resposta é sempre a mesma.”Não saiam de casa, mantenham-se em grupo. [Ficamos] sem posição, sem nada de retorno pro Brasil.”

“Todos os dias tememos pela vida; está difícil. Só quero voltar para o Brasil, para a minha família e depois pensar sobre futebol.” Concluiu o jogador, em apelo.

 

 

3 Comentários

  1. Aparecido Borges Machado disse:

    Fico muito triste com esses problemas, são guerras e mais guerras e drogas e mais drogas, onde é que vamos chegar com tudo isso, só temos uma coisa a fazer é orar e pedir a Deus muita proteção

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