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Mesmo após pedido à FGF, Wilton Pereira Sampaio é escalado para apitar Goiatuba x Goiás pelo Goianão; relembre caso

Árbitro expressou a vontade de não apitar mais partidas do Esmeraldino no torneio estadual após ser ameaçado

Marcado pela final do Campeonato Goiano de 2023, quando recebeu ameaças por parte da torcida esmeraldina, Wilton Pereira Sampaio fez um pedido à Federação Goiana de Futebol (FGF). Em resumo, o árbitro informou que não desejava mais apitar jogos do Goiás pelo estadual.

O lance em questão se refere ao pênalti cobrado por Hugo, na partida de volta contra o Atlético-GO. Após o chute do lateral, que escorregou, e a conversão da penalidade, o juiz assinalou dois toques na bola com o auxílio do VAR. Dessa maneira, a irregularidade anulou o gol, e o Dragão ficou com o título.

Porém, com a polêmica mais fria, o órgão responsável por organizar o torneio escalou o árbitro para apitar Goiatuba x Goiás, pela última rodada do Goianão. Esta será a primeira vez que ele e a equipe irão se encontrar depois do confronto do ano passado.

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Desejo de Wilton Sampaio

Em entrevista concedida às Feras do Esporte há pouco mais de um mês, Ronei Freitas, presidente da FGF, concordou com a resolução do lance e falou sobre o ocorrido. Na oportunidade, ele explicou os motivos de Wilton, que chegou a ter o número de celular vazado e familiares ameaçados.

“ Ele sofreu muito naquela situação e me confidenciou que, realmente, se depender exclusivamente dele, ele não gostaria de apitar jogos do Goiás no Campeonato Goiano. É uma situação que conversamos internamente, foi um pedido pessoal dele. Vamos analisar, porque temos uma comissão de arbitragem e ele é subordinado à uma comissão nacional de arbitragem.

Então, essa é uma situação que temos que analisar. Eu particularmente entendi a situação dele, porque ele foi ameaçado e deixaram vazar o telefone particular dele. Ele e a família foram ameaçados. O Wilton é um cara muito humilde, muito simples e ele realmente ficou um tanto quanto desgostoso com essa situação.

[…] Ele é uma pessoa muito profissional e essa é uma conversa íntima e pessoal que tivemos, mas como eu disse antes, não depende só dele. Temos que analisar o decorrer da competição […]. Portanto, obviamente temos que respeitar a pessoa, o homem e o caráter do Wilton também. Eu confio muito e sei que é uma pessoa responsável. Ele serve para apitar uma Copa do Mundo e de repente não serve para apitar um jogo do Campeonato Goiano? “